sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O Natal... e os ladrões

Se o cristianismo não é digno de defesa, então o que é?
Edward John Carnell, apologeta

Natal, celebração da vida que nos foi dada mediante a Encarnação. O exemplo, o sacrifício definitivo, a manifestação de Deus entre homens. A plena liberdade, em sua equação mais precisa: servir a Deus, submeter-se a Ele, pois só Ele é perfeito, nos ama, nos criou, e nos conhece mais do que nós mesmos. Rendidos ao senhorio de Cristo, conquistamos a eternidade, a plena posse do Ser. Com o Espírito Santo nos fortalecendo, a confusão se desfaz, e manifestamos a todo povo, língua e nação que o Salvador veio, pagou o preço da nossa queda, e nos fez co-herdeiros do seu Reino.

O liberalismo teológico, um nome pomposo para as multiformes heresias que têm atacado a fé cristã ao longo da história, quer de nós roubar tudo isso. Querem dissociar o "Jesus Histórico" do "Cristo da Fé", querem negar uma realidade espiritual que Jesus tanto afirmou - a danação eterna -, querem reduzir a sã doutrina a uma suposta "missão integral" que só entende a fé como inteira se contaminada com premissas materialistas e totalitárias. Enquanto Cristo diz "vá, e não peques mais", os liberais dizem: "o pecado está em sua subjetividade". Quanto a esses enganadores, vale o aviso do apóstolo João: "acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão."

No presente estágio da história, marcado pelas conseqüências práticas dessas e outras doutrinas de demônios em quase todas as áreas da vida, resiste a celebração do Natal, sempre transcendendo as barreiras da cristandade. Ao se celebrar a vinda do Autor e Consumador da fé, da graça especial, a graça comum acaba por ser fortalecida.

Mas os falsificadores, os ladrões, continuam a espreita, e cada vez mais infiltrados. Não prevalecerão no dia do juízo, mas não querem ser derrotados sozinhos. Arrastar os incautos, repartir a derrota de forma igualitária, eis o pobre triunfo destes.

Que neste Natal, o Espírito Santo nos conduza a entender que o amor de Cristo, as verdades por Ele anunciadas e reiteradas, e o seu sacrifício definitivo, são indissociáveis, e infalíveis. Para todas as dimensões da vida.



Ps: Uma conversa muito agradável e edificante com o Jorge Isah resultou nesse post, no qual fiz mais algumas considerações sobre o liberalismo teológico. Leiam também os comentários.