sábado, 31 de março de 2007

Crivella fala bobagem

É bem provável que tudo não tenha passado de frufru pomposo para agradar o aniversariante — no caso, o PC do B — que fazia 85 anos e, portanto, uma das mais nobres instituições representantes da ideologia política que mais caçou e matou cristãos ao longo da história. Mas o senador Marcelo Crivella (PR-RJ), um dos líderes da Igreja Universal, ao declarar que “o Evangelho é a cartilha mais comunista que existe”, além de blasfemar, evidencia o nível de prestígio e de associação com o termo “justiça” que o comunismo desfruta entre os líderes da Igreja Brasileira.

Nada há em comum entre o amor altruísta, fruto da iniciativa pessoal de alguém que se relaciona com o Deus vivo, e uma ideologia de ódio ateísta por princípio, que evoca a luta de classes para centralizar o poder político e econômico nas mãos de supostos intelectuais que consideram o Cristianismo o maior obstáculo para a Revolução Comunista.

Mesmo assim, Crivella elogiou, segundo a Agência Senado, “a luta histórica da militância do PCdoB por um Brasil mais justo”. A revolta comunista de 1935 matou 500 pessoas em uma semana. Hoje, os socialistas do PT fazem os cofres da União pagarem indenizações milionárias para gente que foi perseguida na ditadura de 64, que — para evitar a ameaça comunista em nosso país — em longos 20 anos fez um pouco mais que a metade desse número de vítimas, mas sem dúvida alguma protegendo milhões de brasileiros inocentes.

Só para recordar, milhões de cristãos foram cruelmente trucidados em governos comunistas da União Soviética, China e outros, e ninguém ganhou indenização. No Brasil é diferente: além de ameaçarem instalar semelhante regime assassino, hoje os esquerdistas radicais recebem indenizações milionárias porque foram detidos na tentativa de golpe. Gente que é sempre a favor do aborto, da causa gay, da eutanásia e que, graças a declarações como essa de Crivella, desfrutam a cada dia que passa de mais prestígio entre os evangélicos brasileiros desinformados.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Ateu não existe

Não, não vou tratar agora das fragilidades conceituais de posições como o materialismo, o agnosticismo radical, evolucionismo e outras crenças do tipo. Se você não acredita na Bíblia, (deveria acreditar, mas isso fica para outro post) certamente não encontrará nada nesse post que vá, de fato, confrontar seus posicionamentos mais seriamente. Até te aconselho ler outra coisa, mas enfim, você que sabe, fique à vontade.

Bem agora que estamos conversados, defenderei o porquê de, como cristão, não acreditar na existência de ateus. Em Eclesiastes 3:11, o pregador diz:

Tudo fez Deus formoso em seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras de Deus desde o princípio até o fim.

(Bíblia de Estudo Almeida,Revista e Atualizada)


A passagem sugere não só o anseio do homem em buscar o sentido máximo de sua vida e de todo o plano da existência, como também dá a entender que há um conhecimento inato de um Ser Superior inerente à condição humana, ou, ao menos, um conhecimento da imortalidade, da natureza espiritual do homem, e o que reforça essa análise é são os trechos do Gêneses que tratam do homem enquanto ser criado à imagem (Gen.1:27) e semelhança (Gen. 5:1) de Deus”.

Mesmo arautos do ateísmo como Marx, Sartre e Bertrand Russel foram teístas confessos em alguma fase de suas vidas. Alguns deles, ao assumirem-se como ateus, falaram desse posicionamento como algo terrível, duro, cruel. Talvez por ter de se deparar a todo instante com aquilo que negavam. Não sei, nunca fui ateu.

Além dessa evidência interna da existência de Deus, há também a evidência externa, a qual a passagem de Romanos 1:19-20 faz referência:

Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, como também sua divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;

(Bíblia de Estudo Almeida,Revista e Atualizada)


Infere-se, portanto, com base bíblica, a existência da revelação interna (no coração) e a revelação externa (presente na natureza) da existência de um Ser Superior, Criador e Sustentador do mundo. Não é à-toa que o salmista foi enfático em declarar: “Não há Deus, diz o tolo em seu coração” (e eis a base bíblica para afirmar que as universidades estão repletas de tolos). Só pode ser um tolo quem despreza sua experiência vivencial mais básica e tenta fazer vistas grossas ao que a Criação manifesta constantemente. Sempre tive a impressão que ateus confessos estão “fingindo ateísmo” o tempo todo.

Vale destacar que a revelação interna se faz presente no homem também pelo simples fato dele ser parte da Criação. E é bem no homem que revelação da existência de Deus é mais gritante, pois ele é a obra máxima da Criação, feito à imagem de Deus.

Alguém logo dirá: “ei, mais essa revelação não é suficiente para salvar o homem”. Concordo. Não estou falando aqui da salvação, do plano salvador de Deus executado por Cristo. Estou falando do “acreditar que Deus existe”, não no “acreditar em Deus” e muito menos no “acreditar que só em Jesus se obtém a salvação”. Falo da revelação geral, da teologia natural. Não da revelação especial, que é a Bíblia, a Palavra de Deus. E nela que, sim, podemos ter conhecimento da mensagem da cruz e não só ter comunhão com Cristo agora e na eternidade, como, por meio dessa comunhão, perceber de forma mais completa a beleza da Criação, da vida, e do amor eterno de Deus Pai, Criador e Sustentador (pois nEle, TUDO subsiste) de todas as coisas.

segunda-feira, 5 de março de 2007

O silêncio de Cavalcanti e sua trupe

Engraçado. Todos os evangélicos esquerdistas assumidos (oi, povo do MEP) e outros que incentivaram o apoio maciço da igreja evangélica brasileira ao PT andam tão quietinhos, não é mesmo? Depois dessa cartilha do governo petista incentivando adolescentes a beijar na boca e a fazer bom uso de camisinhas, não deram um pio, num silencio análogo ao da época em que o ministro petista Nilmário Miranda lançou a cartilha politicamente correta, uma das maiores investidas totalitárias e de controle psicológico das massas já perpetrada pelo governo na história política do Brasil.

Nem tudo, porém, os cala. Robson Cavalcanti fica todo alarmadinho quando vê o atual governo liberando verbas milionárias para passeatas gays e defendendo com unhas e dentes a agenda GLBT. Mas não é capaz de assumir, que, sendo um cientista político que até deputado pelo PT já foi, sabendo que o partido sempre foi pró-gay, pró-aborto, pró-eutanásia e pró-FARC´s, tem parte nisso tudo.

Hoje ele deixou de ser petista porque não acha o PT de esquerda o suficiente para ter seu apoio. Mas progressista nenhum deixa de dar seus brados quando é hora de pular do barco, de jogar os anéis para não perder os dedos. Faz parte do modus operandi dos socialistas. É claro que Cavalcanti fez isso como se também não estivesse presente no pacote vendido pela esquerda que ele, agora, considera a autêntica (daqui a meia-hora pode ser outra facção), a típica afronta a cada um dos enunciados cristãos que é da essência mesma do esquerdismo. Mas sobre ela Cavalcanti também silencia.

O problema maior é que, para Cavalcanti e asseclas não basta evidenciar a dissonância que há entre os princípios bíblicos e o socialismo. Não basta mostrar, na ponta do lápis, e com base histórica, a inviabilidade de regimes socialistas e de outros com pesado intervencionismo estatal na economia, que saem mais caros e só agravam o problema da pobreza. Também não basta evidenciar as raízes anticristãs das ideologias progressistas e os perfis, sempre variando entre o devasso e o homicida, de todos, (sim, todos) os grandes autores e heróis do progressismo/socialismo. “Pelos frutos, os conhecereis”, para eles, talvez não se encaixe aqui, tudo não deve passar de mera coincidência.

Quase cinco décadas de dominação gramsciana no Brasil, aliada a um provincianismo repleto de ressentimento e complexo de inferioridade em relação ao mundo desenvolvido, reduziram a caridade e o altruísmo cristão à mera práxis revolucionária. E pior, em apoio incondicional a terroristas treinados pelo regime cubano e seus respectivos lacaios e entusiastas, que, do PT, saltaram para os postos de chefia de várias instituições públicas do país. Sobre isso, tudo o que temos de boa parte dos evangélicos de esquerda também é silêncio.

O silêncio deles, porém não me desgosta totalmente. Na verdade, até prefiro-os bem quietinhos. Sem falar, sem escrever artigos, livros, sem aparecer na tevê e sem querer moldar a cosmovisão alheia. O silêncio deles, sim, evitará que a ação da Igreja se transforme em atividade legitimadora de ideologias mundanas e do governo do Anticristo, que, sem querer (assim espero), os evangélicos socialistas estão ajudando a construir.


Veja também:

Os evangélicos brasileiros e as causas do Anticristo e

A ONU começa a mostrar as suas garras