segunda-feira, 31 de julho de 2006

Post de aniversário



Neste mês o P.U. completou um ano!

Este foi o primeiro post.

Gente, obrigado pela atenção, apreço, pelas visitas e comentários! Fiquem com Deus e até depois.

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Sobre show do Slipknot, ou ‘Incoerências filistéias’

Para mim, rock é mais ou menos como gibi ou buffet de sorvete: é legal, divertido, mas sei que há coisas melhores e só aquilo não me sacia e nem pode ser levado muito a sério. Dias atrás assisti a um show da banda Slipknot num canal de tevê a cabo. O som dos caras, dentro da proposta, é bom. A performance é impressionante. Os trajes e máscaras evidenciam uma atitude poser às avessas, na qual a vaidade mezzo gay mezzo brega a la Motley Crüe é substituída pela estética horror-subversão-casa-de-carnes. Marketing puro, nesses tempos em que a moda é ser malvadão, rebelde e monstrengo. Mas duro de agüentar é o discurso, não só pelas blasfêmias...

Certamente uma das características mais fortes atualmente da cultura de massas é a retórica da “revolta contra o sistema”. O mesmo “sistema” que permite aos artistas liberdade para criticá-lo, garantem bons rendimentos (o cd ‘Iowa’ vendeu absurdamente) e permite que adolescentes gordinhos de bochechas róseas (1) sejam levados pelos pais aos shows confortavelmente com seus Audi ou Toyota, após um reforçado lanche com Fruit Loops, Nutella, batatas Pringles, etc.

É a esses de cortes de cabelo sóbrios e bem passadinhas camisetas pretas que o vocalista da banda se refere como “novos abortos” e “maggots”. Hilário, ainda mais quando a câmara dá um zoom nos bem-nascidos. Ouve-se muito aquela palavrinha que evidencia a pobreza do vocabulário torpe no idioma inglês. E a molecada grita ensadecida...

No final das contas, engraçado, quem não vive o que prega e é taxado de burro é o crente aqui... Até meus amigos não-cristãos concordaram comigo, ao perceberem tantos contra-sensos. Alguém até pode me dizer ninguém estava ali para ser coerente, apenas para se divertir. Mas o problema é que essa incoerência, hoje, está em toda parte, tem um propósito claro e disso só discordam os que, normalmente, já aderiram a ela.



1 - Lembrei aquela do W. H. Auden sobre Nietzsche, Hitler e mais um outro.

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Perseverar na comunhão

(...) afim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. Oração de Jesus, em João 17:23

O Vinícius e a beleza que me desculpem, mas comunhão com os irmãos é fundamental. E não falo só do “ir à igreja”, mas sim do “perseverar na doutrina dos apóstolos, no partir do pão e nas orações”. Tenho sido muito edificado ao buscar estar mais próximo dos meus irmãos na fé. Estes e também minhas novas amizades têm contribuído para o mais importante dos crescimentos na minha vida, o espiritual, que dinamiza todos os outros, na caminhada rumo à “estatura de varão perfeito” da qual o cristão jamais deve perder o foco.

Deus manifesta seu amor por mim por meio das minhas amizades. Exortam-me, confortam-me e me agüentam, pois sou um chatão, e isso não é novidade para ninguém. Todos nós temos nossas idiossincrasias, e é por isso que Lucas usou o termo “perseveram” para descrever a atitude com que os primeiros cristãos buscavam um padrão de convívio que glorificasse a Deus. A igreja primitiva perseverava, persistia na comunhão. Comunhão requer esforço, muitas vezes. Porque amor não é sentimento, é decisão.

Para finalizar, uma ótima do Isaque: Não tenhas nojo de beber na minha taça, pois não terás nojo de viajar na minha lancha.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Pós-modernidade e fé cristã

Quase todas elas são bobagens sem mais tamanho, mas se há uma característica da tal pós-modernidade, (são poucos os bons teóricos que usam tal termo) é a descrença na possibilidade de um conhecimento pleno sobre as coisas, o ceticismo quanto à pura apreensão do que de fato é um objeto por parte do sujeito; enfim, a descrença na objetividade racional. “A razão sempre é afetada pelas influências externas, condicionadas socialmente”, diz o pós-moderno, conspurcando imanentismo e lançando toneladas de terrestrialização sobre os ombros alheios. De qualquer explicação lógica da origem transcendente dessas “influências externas” tais teóricos fogem como o diabo da Luz. Pois correriam o risco de ter de lançar o discurso que lhes confere autoridade e bons salários no lixo.

Engraçado é que eles criticam a validade da “lógica linear”, mas não conseguiram estabelecer qualquer lógica multilinear, não linear ou coisa que o valha para refutar as velhas premissas das teorias do conhecimento embasadas sobretudo em Aristóteles. Criticando a lama em que os porcos iluministas chafurdam, as bernes encalacradas sugerem aos seus hospedeiros os esgotos pútridos da irracionalidade.

A presunção dos parasitas pós-modernos também começa lá na metafísica tosca de Kant. Sim, não há ninguém “neutro”, tampouco livre de influências, mas essa visão puramente quantitativa da verdade, desprovida do conhecimento mesmo dos fundamentos da própria objetualidade, legitimou o pai dos métodos tronchos e modelos apriorísticos baseados no umbigo do sujeito e no desconhecimento do objeto: o subjetivismo. A partir desse “cada um na sua”, nasce nas planícies áridas da ignorância o cacto relativista.

É nisso que dá a “razão” sem Deus dos modernos e o “nem razão moderna, nem Deus” dos ditos pós-modernos. Quando a Bíblia fala que a sabedoria edificou para si uma casa, é porque tal sabedoria não só é possível, como habita num lugar definido e seguro. Quando por meio do profeta Oséias Deus declara que meu povo padece por falta de conhecimento, fica claro que o conhecimento não só é possível como é absolutamente necessário ao homem. Quando observa-se a evolução das idéias materialistas e os resultados medonhos do advento destas na sociedade, percebe-se que a humanidade jamais deveria ter esquecido que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria.

Pior do que a burrice dos materialistas é a dos sedizentes cristãos que endossam os tais pressupostos pós-modernos. Mas é assim mesmo. O suicídio intelectual e o espiritual sempre andaram juntos.