quinta-feira, 23 de março de 2006

Um compromisso

Além disso, a linguagem deles corrói como câncer;
2 Tim. 2:17

Querer ter a consciência limpa perante Deus ao final de cada frase que vier a escrever nesta vida. Talvez esse posicionamento faça um homem, na sua condição de cristão, escrever menos do que gostaria, mas o que ele deve de fato almejar são linhas cheias daquele sal. Para si e para seus estimados leitores. Argumentação honesta é imprescindível e bela retórica enriquece o texto, mas, se ao escrever, tal homem não confrontar sua própria alma e não levar algo vivo, fresco, belo e principalmente verdadeiro a quem lê seus escritos, tudo se resumirá a perda de tempo e de "energia" espiritual. Ele deve buscar o despertar do que há de melhor na interioridade de seus leitores, trazendo à tona a Verdade que dormita nas profundezas da alma humana, transpassando o oceano de sofismas e frivolidades que a afogam. Afinal, diz o Eclesiastes, Deus pôs a eternidade no coração do homem.

Ciente disso, deve tomar um rumo diferente do que fazem certos afloradores de tornados emocionais maliciosos e homicidamente sarcásticos. Desses, provém a letra que mata e o logos sem rhema. Muitos teóricos e sábios deste mundo escolheram esse descaminho: tomados que estão dessas "disposições mentais reprováveis", como bem descreveu o apóstolo Pedro, geram aquela sabedoria que outro apóstolo, Paulo, qualifica como "animal, terrena e diabólica". O resultado é terrível para envenenadores e envenenados. Exemplos? Nietzsche e Lênin morreram loucos. E não é isso que um autêntico cristão, seja um jornalista, um escritor ou um teórico, desejaria para quem lesse seus textos. Jesus advertiu: "Pelos frutos os conhecereis". Que o escritor cristão seja aprovado neste exame.

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