quinta-feira, 30 de março de 2006

A ONU começa a mostrar suas garras

"Os problemas da humanidade já não podem ser resolvidos pelos governos nacionais. O que é preciso é um Governo Mundial. A melhor maneira de realizá-lo é fortalecendo as Nações Unidas."
(Relatório sobre o Desenvolvimento Humano da ONU, 1994).

Os evangélicos brasileiros não podem mais fingir que não sabem. No dia 5 de dezembro último, o Diário do Comércio publicou o indispensável artigo Papai Noel em Depressão(1), de Olavo de Carvalho, no qual o filósofo dá detalhes da imensa batalha cultural entre os cristãos norte-americanos e o megacomplô globalista que pretende implantar um governo mundial, liderado pela ONU e financiado por entidades multimilionárias como a Rockefeller, Carnegie, MacArthur e Open Society.

Em 9 de março, no mesmo jornal, no artigo O Avesso do avesso(2), Olavo, destacou a natureza do globalismo: não se trata de estratégias econômicas ou de mero interesse geopolítico: trata-se sim, de todo um novo conceito de civilização, totalmente incompatível com os valores judaico-cristãos que serviram de base para a formação da civilização ocidental.Daí se explica a onda de antiamericanismo que varre o planeta, pois é nos EUA que o projeto dos planejadores mundiais encontra a franca oposição de uma intelectualidade pró-cristã, num embate que se reproduz parcialmente na disputa política entre conservadores e "liberals". Em Os evangélicos brasileiros e as causas do Anticristo (3), explico os interesses dessas grandes fundações e enumero algumas características da moral que a ONU tentará legitimar no planeta com seus projetos de planificação cultural. Dou algumas referências de artigos e sites. Livros que tratam da questão são citados pelo filósofo em O estupro das soberanias nacionais,(4) publicado no Diário do Comércio de 20 de março, artigo que ressalta o firme objetivo das Nações Unidas em legalizar a prática do aborto em todos os países do mundo e impor sanções econômicas aos que não se sujeitarem à nova diretriz. Ali, Olavo esclarece:

"De um lado, a substância ideológica dessa revolução é extraída diretamente do materialismo revolucionário do século XVIII: trata-se de criar uma sociedade global totalmente administrada e controlada por uma elite de intelectuais iluminados, porta-vozes da razão científica contra o obscurantismo das religiões e culturas tradicionais.

Mas todo esse racionalismo é somente uma casca brilhante construída para engodo das multidões (nisto incluído o "proletariado intelectual" das universidades). Por dentro, o iluminismo inteiro foi um amálgama tenebroso de ocultismo, magia, gnosticismo, sociedades secretas, rituais entre cômicos e macabros. Não há um só historiador sério que ignore isso.

Do mesmo modo, o laicismo "esclarecido" da nova ordem global é puro teatro. Suas fontes são as mesmas do ocultismo da "Nova Era". Seus gurus são Helena Petrovna Blavatsky, Alice Bailey, Aleister Crowley e outros saídos do mesmo esgoto espiritual."

Tenho plena certeza que a desinformação e o profundo despreparo para lidar com a questão, atribuídas a toda a intelectualidade brasileira pelo filósofo, um dos poucos defensores autênticos do cristianismo na grande mídia brasileira, se estende irrestritamente às cabeças pensantes da igreja evangélica brasileira. Exceções confirmam a regra. Nos EUA, qualquer adolescente cristão sabe desses fatos, e sabe o que implica cada vitória eleitoral dos "liberals".

De agora em diante, porém, não há mais como fugir da questão.

Que os evangélicos brasileiros cessem os ridículos e descabidos ataques aos conservadores norte-americanos com base nas informações da mídia anticristã, envolvida até a medula nesse demoníaco processo de planificação cultural, e percebam a virada intelectual que esse grupo empreendeu nos meandros acadêmicos ianques. Que deixem seus devaneios ideológicos estatólatras de lado, e compreendam os danos que a adesão a tais pressupostos implicam ao Evangelho em escala global, pois tal posicionamento acarretou na subserviência a um partido abortista(5), aliançado com narcotraficantes(6), que apóia amplamente o lobby gay(7) e "governou" o Brasil institucionalizando o suborno, a propina e a violação aos direitos individuais. A semelhança entre as causas desse partido com os planos da ONU torna claro a quem tantos líderes evangélicos estavam servindo e a apoiando, inconsciente e indiretamente. Até agora.

Referências:

1- Papai Noel em Depressão - http://www.olavodecarvalho.org/semana/051205dc.htm
2- O Avesso do avesso - http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=4657
3- Os evangélicos brasileiros e as causas do anticristo - http://profetaurbano.blogspot.com/2006/02/os-evanglicos-brasileiros-e-as-causas.html
4- O estupro das soberanias nacionais - http://www.olavodecarvalho.org/semana/060320dc.htm
5- Ver Considerações pessoais sobre o aborto em http://normabraga.blogspot.com/2005/11/consideraes-pessoais-sobre-o-aborto.html
6- Ver artigo Lula, réu confesso em http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=4140
7- Ver matéria Gays se encontrarão com ministro da SEDH em http://mixbrasil.uol.com.br/mundomix/centralplus/noticia.asp?id=3907

quinta-feira, 23 de março de 2006

Um compromisso

Além disso, a linguagem deles corrói como câncer;
2 Tim. 2:17

Querer ter a consciência limpa perante Deus ao final de cada frase que vier a escrever nesta vida. Talvez esse posicionamento faça um homem, na sua condição de cristão, escrever menos do que gostaria, mas o que ele deve de fato almejar são linhas cheias daquele sal. Para si e para seus estimados leitores. Argumentação honesta é imprescindível e bela retórica enriquece o texto, mas, se ao escrever, tal homem não confrontar sua própria alma e não levar algo vivo, fresco, belo e principalmente verdadeiro a quem lê seus escritos, tudo se resumirá a perda de tempo e de "energia" espiritual. Ele deve buscar o despertar do que há de melhor na interioridade de seus leitores, trazendo à tona a Verdade que dormita nas profundezas da alma humana, transpassando o oceano de sofismas e frivolidades que a afogam. Afinal, diz o Eclesiastes, Deus pôs a eternidade no coração do homem.

Ciente disso, deve tomar um rumo diferente do que fazem certos afloradores de tornados emocionais maliciosos e homicidamente sarcásticos. Desses, provém a letra que mata e o logos sem rhema. Muitos teóricos e sábios deste mundo escolheram esse descaminho: tomados que estão dessas "disposições mentais reprováveis", como bem descreveu o apóstolo Pedro, geram aquela sabedoria que outro apóstolo, Paulo, qualifica como "animal, terrena e diabólica". O resultado é terrível para envenenadores e envenenados. Exemplos? Nietzsche e Lênin morreram loucos. E não é isso que um autêntico cristão, seja um jornalista, um escritor ou um teórico, desejaria para quem lesse seus textos. Jesus advertiu: "Pelos frutos os conhecereis". Que o escritor cristão seja aprovado neste exame.

quinta-feira, 16 de março de 2006

Marxismo cognitivo

Terrorismo: eis a nova prática da qual será acusado qualquer defensor da possibilidade do conhecimento da verdade genuína a respeito de qualquer coisa. Mostre que você estudou e consegue embasar suas convicções e logo será considerado um terrorista.

Cunhada por um dos detratores de Norma Braga na comunidade "João Calvino sem Puritanismo" do Orkut, a expressão "terrorismo teológico" me despertou a atenção nos últimos dias. Lembrei de outra análoga, "terrorismo bibliográfico", atribuída às práticas de José Guilherme Merquior pelo psicanalista Eduardo Mascarenhas no início da década de 80, pelo simples fato de que os livros do erudito Merquior tinham vastos índices onomásticos. Mascarenhas, por sua vez, nada mais era do que praticante e defensor de um dos maiores charlatanismos da história do pensamento contemporâneo.

A absolutização do historicismo e do relativismo como verdades cabais, outrora meras ferramentas referenciais para os empreendimentos teóricos, e a atual glorificação do niilismo ranheta de Nietzsche, da psicanálise, da logofobia derridadiana, entre outras sandices acadêmicas, nada mais são que filhotes daquilo que passarei a denominar de "marxismo cognitivo".

O marxismo cognitivo é o fenômeno no qual essa impávida defesa da pobreza intelectual é um valor moral supremo. Com ele, todos aqueles que possuem uma superioridade intelectual notória são considerados intrinsecamente maus, ameaças vivas à liberdade e à vida plena. Bem sei que, aos profundos conhecedores do marxismo posso estar sendo redundante, pois estes bem sabem que para quem deseja transformar o mundo e não conhecê-lo, qualquer apego ao conhecimento e à sabedoria será taxado de reles "ideologia burguesa". Vê-se pela 11ª tese sobre Feuerbach que o marxismo é o primado da defesa da burrice, "a manifestação suprema da imbecilidade universal", como disse George Bernanos. Antes de vilipendiar a sociedade, a cultura e as instituições, ele destrói as funções da consciência do seu militante. E lá vai, para os piquetes, o robozinho teleguiado.

O marxismo cognitivo é perigosíssimo, mas se passa por bonzinho, pois faz um importante "trabalho social": quando presente na cultura, pode fazer com que seja eleito um político (de esquerda, claro) cuja mãe "já nasceu analfabeta".

sexta-feira, 10 de março de 2006

Rebeldia e submissão

Ninguém tem a obrigação de obedecer aquele que não tem o direito de mandar.
Cícero

O profeta Malaquias, cujo nome significa “o meu mensageiro”, foi claro: Os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca, devem os homens procurar instrução, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos (Ml.2:7). Alguns versículos antes, ele alerta que Deus transforma em maldição as bênçãos dadas por sacerdotes que não honram a Deus (2:2). Ao ler estas passagens e outras do Novo Testamento, fica evidente que a obediência aos homens só vale quando estes agem de acordo com a Palavra, se forem obreiros aprovados, com um chamado específico notório, tementes a Deus e fiéis aos objetivos que o Cabeça propõe ao Corpo. Aí sim, a submissão é abençoadora e a rebeldia é pecado grave. Foi para não ter de se submeter aos falsos profetas e suas doutrinas que o Senhor nos deixou as Escrituras e seu Espírito Santo. Foi para a liberdade que Cristo nos chamou.

Com o pretenso liberalismo teológico fazendo (ou melhor, destruindo) cabeças, a “teologia” da libertação se infiltrando, com o livre exame se transformando em livre interpretação em igrejas históricas, pentecostais e neopentecostais, além de satanistas à espreita, todo cuidado é pouco. Orar, vigiar e manusear as Escrituras com destreza, nesses tempos de apostasia, é imprescindível. A advertência de Atos 20.29: entre vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho, não pode ser esquecida.

Em certas igrejas a palavra “rebeldia” é usada para tudo que foge micrometricamente dos caprichos fúteis de uma liderança enfatuada. Pessoas não cristãs já foram bem francas comigo quanto a isso: - Eliot, nunca vi tanta gente gostar tanto de ser mandada. Eu, um libertário por excelência, jamais discordaria. Para mim, o melhor que o cristão sincero pode fazer é manter distância de tais comunidades. Pois o que importa é ser obediente a Deus e permanecer na vocação a qual foi chamado, e não tagarelar slogans e imitar trejeitos e cacoetes afetados de maquiáveis eclesiásticos.

sexta-feira, 3 de março de 2006

Não li e não gostei

Um politicamente correto cheio de afinidades com o que há de mais anticristão na política mundial (ONU, ONG’s malandronas e comunistinhas enfatuados do Terceiro Mundo). Um coroa que no seu mais recente show no Brasil, dançou libidinosamente com uma moça com idade para ser sua filha e ainda quis dar de dedo nos religiosos, como se estes fossem os grandes promotores das guerras e da violência no mundo. E ainda pôs um crucifixo no pedestal do microfone ao final do show. Esse é Bono Vox, líder do U2. E é assim que a banda conseguiu manter sua “fé tão vibrante diante das luzes dos palcos mundiais”, como diz a descrição do recém-lançado livro Walk On – A jornada espiritual do U2, do pastor Steve Stockman.

Antes que me digam “ah, pare de julgar, irmão”, quero deixar bem claro: acredito que Bono e seus companheiros de banda até são pessoas bem intencionadas e que a Bíblia, de fato, exerce certa influência na obra dos caras. Porém, daí para dizer que considero válido escrever ou ler um livro que sirva de “guia espiritual para as letras do U2”, há uma longa, mui longa distância. Logo lembro da célebre frase de Paulo Francis que intitula esse artigo. E fico me perguntado qual é o “genuíno leite espiritual”, qual é o “vinho novo” presente nas letras do grupo. Será que não há fontes melhores para inspirar as pregações do pastor Stockman?

Tenho certeza que elas existem e ainda não receberam o devido valor. Se é que letras de música pop são um lugar apropriado para tal busca, que tais lições espirituais venham de bandas pop com um cristianismo mais puro e frutífero - que vivam o que pregam. Pois vida reta diante de Deus ainda vale muito mais do que ativismo político - algo que cativa tantos corações cristãos atualmente, enredados que estão pela engenharia da culpa promovida pelos discursos hipócritas e lacrimogêneos dos entusiastas do governo mundial, repetidos em todos cantos, em todas as mídias, todos os dias.