segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Cristãos e judeus: educadores criminosos

Se aprovada a Lei 2654/03, que proíbe os pais de realizar qualquer punição física aos filhos, por branda que seja, a mensagem que ressoará a qualquer pai ou mãe que se baseie em preceitos bíblicos para educar seus filhos será clara: - seus valores e seus métodos de educação não valem nada e a partir de agora, são criminosos. Afinal, corrigir o filho com punição física é algo recomendado pela própria Bíblia Sagrada. O livro de Provérbios, compilação milenar de máximas da sabedoria judaica afirma que o pai que verdadeiramente ama seu filho não deixa de puni-lo com uma varinha. Além de se infiltrar na esfera privada, ditando a que nível deve se dar a relação de pais e filhos, o Estado passa por cima de princípios essenciais da educação cristã. Poderá um cristão educar seus filhos à luz do Evangelho sem ser considerado um criminoso, a partir da aprovação desta lei que afronta de uma só vez brasileiros cristãos e praticantes do judaísmo?

Desde já se percebe a omissão profundamente anticristã dos politicamente corretos: se acovardam diante da violência islâmica que promove levantes e estupra jovens ocidentais em várias partes do mundo, em nome de um multiculturalismo hipócrita e de uma tolerância suicida, mas não são capazes de dar um pio contra esse ataque frontal aos valores judaico-cristãos promovido pelo governo brasileiro. Os politicamente corretos levantam-se em nome de minorias étnicas, sexuais e religiosas, desde que estas últimas nada tenham de influências do legado judaico ou cristão. E farão, em breve, seu formidável serviço, com amplo apoio da mídia: logo qualquer pai ou mãe que professem fé cristã ou judaica receberá o rótulo de espancador. Da mesma forma que ficou fácil taxar de pedófilo a um padre, de autoritário a alguém contrário ao aborto, defensores do porte de armas de potenciais assassinos e qualquer defensor mais entusiástico do heterossexualismo de intolerante. Pois moldar o imaginário coletivo valendo-se dos meios de comunicação de massa e leis estapafúrdias é uma tática fundamental para quem deseja implantar um estado ao modelo orwelliano.

Se o Estado destrói toda raíz e autoridade familiar das pessoas, dizendo protegê-las, terá em pouco tempo cidadãos dóceis e facilmente manipuláveis, como os moradores do Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley. É por isso que leis como essa são facilmente aprovadas e assim os governos vão desmantelando cada vez mais as autoridades tradicionais em troca de relações artificialescas policiadas por burocratas e seus respectivos lacaios.

Os resultados da aprovação dessa lei nefasta, num ambiente de total falência do quadro educacional, de carência de referenciais sadios na esfera artística e cultural, onde o patrocínio do governo só é dado aos seus notórios apadrinhados e cupinchas ideológicos, arautos do "quanto pior, melhor", poderá ser avaliado em poucos anos. Exemplo digno de lembrança é o dos Estados Unidos, que após a proibição da oração cristã nas salas de aula na primeira metade da década de 90, assistiu uma seqüência de assassinatos brutais dentro das escolas. Cometidos pelos próprios alunos. No Brasil, um país onde a Lei de Gérson é pratica diária, ser malandro é qualidade indispensável para um "cara legal" ou "garoto esperto", e ser iletrado não é necessariamente empecilho para ser presidente, as expectativas não podem ser melhores.

Se para a deputada Sandra Rosnado (PSB-RN), "educar pela violência é uma abominação, incompatível com o atual estágio de evolução da sociedade", resta-nos saber quem fará uma lei que defenda os pais da violência de filhos cuja rebeldia é protegida pelo Estado, e que por isso não atribuirão autoridade nenhuma a nada além do próprio Estado. E quem disse à deputada que dar uns tapinhas ocasionais em filhinhos serelepes é "educar pela violência"?

Como se não bastasse aos pais serem obrigados a levarem seus filhos às escolas onde, muito antes de se tornarem maduros fisicamente já são apresentados a diferentes "opções sexuais"; como se não bastasse assistir aos filhos repetirem em casa chavões socialistóides, pois estão sendo doutrinados pela pseudopedagogia deslavadamente marxista de Paulo Freire; como se não bastasse ter a única solução para tais problemas - o homeschooling – proibido por lei, os pais que têm nos valores judaico-cristãos o fundamento da educação de seus filhos terão de enfrentar mais uma lei absurda.

O que lhes peço é que não esqueçam o nome de cada parlamentar que votou a favor dessa lei diabólica.

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Enviei este artigo para o deputado federal Neucimar Fraga, que está colhendo assinaturas para apresentar recursos em plenário visando a rejeição dessa proposta absurda. O e-mail dele é dep.neucimarfraga@camara.gov.br.

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