quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Depressão em cristãos?



Não acredito em depressão em cristãos. Não posso aceitar, não admito, não suporto a idéia. Não acredito que uma pessoa que busque viver segundo os padrões bíblicos possa vir a ter o tal "mal do século" (passado). A Bíblia mostra a alegria como uma característica intrínseca aos que anseiam viver próximos a Deus. O povo de Israel fazia um barulho razoável em suas festas, que não eram poucas. Nos casamentos, o festerê durava uma semana. Davi não cansava de salmodiar evocando a alegria; foi o rei que sai dançando pelas ruas, com os "comuns", quando a arca da Aliança voltou para Jerusalém – com júbilo e som de trombetas (2 Sam. 6:15).

A alegria habita em quem tem o Espírito Santo dentro si, lê-se na carta paulina aos Gálatas. Na carta aos Filipenses, Paulo enfatiza a importância da alegria na vida cristã; foi inspirado nessa carta que Charles Swindoll escreveu Ria-se De Novo – Experimente a alegria transbordante, bela obra sobre a questão. Na contra-capa da edição brasileira, há uma foto de Swindoll sobre sua Harley-Davidson acompanhado de sua "gatinha", ambos com mais 65 anos de idade.

Reitero: Não acredito em cristãos depressivos. Ou é uma coisa, ou outra. Nesse mundo teremos aflições, ok, Jesus avisou. Mas viver soterrado em lamúrias não é viver por modo digno do evangelho. E a tristeza que for segundo Deus, "produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza segundo o mundo produz morte" - (2 Cor.7:10).

Tristeza que mata, que é doença, não vem de Deus. Comigo não tem essa.

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Jogar limpo com Deus

"Ó Deus, não te amo, nem mesmo quero amar-te, mas desejo querer amar-te".
Teresa de Ávila

O brasileiro, nascido e criado nessa terra onde a informalidade escolheu esparramar desleixadamente seus longos tentáculos e fazer sua morada, pode correr o risco de transferir para sua vida espiritual, seguindo uma lei psíquica das compensações, uma reverência que, ao invés de fazê-lo posicionar-se de maneira sensata perante Deus, leve-o a ter uma atitude "cheia de dedos" ante o Criador. Uma reverência que não o posiciona na sua exata condição de servo e filho, mas uma reverência que faz com que se perca de vista a magnitude dos atributos de Deus e a dimensão dos esforços que Deus fez para poder se relacionar com aqueles que são o seu maior sonho e objeto máximo do seu amor: os seres humanos.

O homem que distorce o sentido da reverência a esse ponto, perde algo muito valioso em sua caminhada espiritual: a autenticidade e a transparência perante Deus. As conseqüências disso logo aparecerão: da dificuldade de apresentar suas aflições ao Pai, do não "lançar sobre Ele toda nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós", surge um estado constante de angústia. Da dificuldade de confessar a Deus seu pecado, surge o sentimento de culpa, e a mão dEle começa a pesar sobre o homem, como pesou sobre Davi, que conseguiu admitir sua dificuldade em deixar de ocultar seus pecados a Deus. Assim, o homem acaba por atrapalhar a boa obra que Deus está a realizar em sua vidas, pois não se entrega plenamente a Ele. Como se sabe, o Espírito Santo não agirá na vida daquele que não lhe der permissão para agir.

Concluindo (senão o post fica longo demais e eu me passo por chato - mais uma vez):

* Homens que foram francos com Deus tiveram suas orações respondidas. Na Bíblia há vários exemplos.
* Homens que são francos com Deus têm seus pecados perdoados. Deus não resiste a um coração sincero e contrito.

Deus deseja se relacionar com cada homem na condição de Pai. Um Pai que anseia por sinceridade, franqueza, devoção e respeito. Um respeito advindo do reconhecimento da sua santa e doce onisciência, da sua fidelidade e do seu infinito amor.

terça-feira, 23 de agosto de 2005

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- Bem, a engine do Haloscan só esqeceu de me avisar que todos os comentários iriam para o balaio... tudo bem, acontece...

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

"Teologia" da prosperidade

Quando vierem com essa conversinha de que você deve "reivindicar" as promessas da Bíblia para sua vida, leia essa oração do profeta Habacuque para seu interlocutor. É lindo e útil:

"Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado,
todavia eu me alegro no SENHOR; exulto no Deus da minha salvação
".

Habacuque 3:17,18 (Bíblia Sagrada, trad. Almeida. Revista e Atualizada)

Há líderes eclesiásticos que pensam que, por praticarem o que eu chamo de "Cristianismo de mercado", suas ovelhas farão o mesmo, começando a barganhar com Deus bênçãos de acordo com sua conduta e disciplina nas orações e no estudo da Palavra. Como se Deus fosse obrigado a deixar todos os seus filhos ricos! O livro de Jó e as cartas do apóstolo Paulo também nos dão preciosas lições a respeito disso. Vale a pena pesquisar sobre o tema.

É impressionante como é limitado o conceito de prosperidade desses envenenadores da Água da Vida. Foca apenas as finanças pessoais e a saúde. Em relação ao "crescer na graça e no conhecimento", e ao "deixar de ser criança que bebê leite e tornar-se adulto que se nutre de alimento espiritual sólido", esses pretensos pregadores nada falam. Porque talvez assim mantenham a influência e escondam sua mediocridade por mais tempo perante as pessoas que assistem suas pregações.

Ainda bem que uma rápida (mas bem orientada) consulta às Escrituras desmente muitas mentiras.

Há mais sobre este assunto aqui.

quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Conhecer e desfrutar

"Creio que todos os cristãos concordarão comigo se disser que, embora o cristianismo pareça a princípio tratar apenas de moral, deveres e regras, culpa e virtude, apesar disso, ele o conduz adiante, longe disso tudo, para algo além. Alguém teve a visão de um país onde não se fala dessas coisas, exceto talvez por brincadeira. Todos ali estão repletos do que chamamos bondade. Mas não a chamam de bondade. Não a chamam de coisa alguma. Não pensam nela. Estão ocupados demais, olhando para a fonte de onde ela vem".

C.S. Lewis (Cristianismo Puro e Simples, São Paulo, ABU, 1979)


Não adianta conhecer a Bíblia de ponta a ponta e não desfrutar dela. Não deixar que Deus transforme a informação, o logos em rhema. Só podemos ter uma comunhão cada vez mais íntima com Deus na medida em que crermos sem reservas e vivamos de acordo com seus princípios não apenas por disciplina ou por certo ascetismo. Precisamos encará-lo como Pai, como Consolador, como Príncipe da Paz. Precisamos ver cada milagre, cada gesto de Jesus, cada atuação miraculosa do Espírito Santo como algo perfeitamente válido e possível para a nossa vida hoje. Se não for dessa forma, jamais conseguiremos fazer com que "rios de água viva jorrem de nosso interior".

Se nossos pais terrenos nos dão bons presentes, imaginemos então do que é capaz o Pai celeste que é a mais perfeita expressão do Amor e da Bondade!

Eu sei, eu sei, sabemos de tudo isso. Mas temos disto desfrutado? Tenho plena certeza que desfrutar da doce presença do Espírito Santo em nossos corações é o melhor e mais gostoso método de evangelização. Era assim que a igreja do livro de Atos crescia.

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

Peter Singer

Ele assumiu que quer acabar com a moral judaico-cristã, esse filisteuzinho... Não é à toa que, por ele, os bebês podem ser sacrificados no altar do novo dagom moderno, a profana trindade hedonismo-conforto-praticidade. Onde o grande Eu Sou não habita, os mais fracos são massacrados impiedosamente. Sempre foi assim, em todas as culturas, com raríssimas exceções que só confirmam a regra.

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

RH é com Ele !

E lá ia Jesus, com a multidão atrás dele. Uns apaixonados, outros querendo aprender, e outra boa parte querendo ver milagres ou ser curada. Lá de longe Jesus pressentiu (acabei de perceber que estou fazendo igual o Max Lucado, mas agora vou em frente) que um rapaz que ajudava seu pai, próximo à estrada pela qual Mestre caminhava, sentiu seu coração agitar-se dentro do peito, assim que O viu. Pensou: - Esse está qualificado, é o próximo. Jesus dá mais uns trinta passos e sela o destino de Levi, filho de Alfeu: - Segue-me.
(Marcos: 2:13-14)