domingo, 24 de julho de 2005

Da santidade do ato conjugal

"Que belos são os teus amores, minha irmã, esposa minha! Quanto melhor é o teu amor do que o vinho! E o aroma dos teus ungüentos do que o de todas as especiarias!
Favos de mel manam dos teus lábios, minha esposa! Mel e leite estão debaixo da tua língua, e o cheiro dos teus vestidos é como o cheiro do Líbano.
Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada.
Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes, o cipreste com o nardo.
O nardo, e o açafrão, o cálamo, e a canela, com toda a sorte de árvores de incenso, a mirra e aloés, com todas as principais especiarias.
És a fonte dos jardins, poço das águas vivas, que correm do Líbano!
Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que destilem os seus aromas. Ah! entre o meu amado no jardim, e coma os seus frutos excelentes!"
Cantares 4, 10-16.
(Bíblia Sagrada, trad. Almeida, Fiel e Corrigida)

Sexo é algo sagrado demais, para, nestes tempos de idiotia e barbárie, poder ser encarado da maneira correta pela maioria das pessoas. Uma relação sexual plena tem um sentido muito mais abrangente, profundo e espiritual do que os moderninhos costumam imaginar. O ato sexual é uma celebração da união plena de um homem e uma mulher perante Deus e toda a Sua criação. Deus mesmo institui essa celebração da vida porque é muito amoroso e festeiro. Sim, Deus é festeiro, alegre, mas também é santo e gosta de coisas que, como Ele, têm valor eterno. Por isso, é somente mediante o casamento que a humanidade pode encontrar a significação absoluta do ato sexual, que, ao contrário do que muitos religiosos afirmam, jamais se restringe à perpetuação da espécie. Um dos objetivos do sexo é o prazer, o deleite de um casal que possui uma aliança que transcende os sentidos imediatos e terrenos, e que atinge a dimensão sobrenatural. Portanto, quando se pensar em sexo, vale lembrar o que dizia G. K. Chesterton: "até para se ter prazer é necessária certa disciplina". E disciplina é coisa de discípulo. Se alguém deseja prazeres completos na vida, deve observar quem tem sido seu mestre. Não é a toa que Jesus disse que veio a este mundo “para que nosso gozo fosse completo”.

Um comentário:

Caio Kaiel disse...

Entendi que todas as "formas" de amor que pregam por aí, são a mesma - DEUS! Não existe "forma" de amor, existe Deus...parabéns pelo texto.